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Consideradas extintas, antas voltam a ser vistas no Rio de Janeiro após 100 anos

  • Caio Neuenschwander
  • 13 de jan.
  • 2 min de leitura


Antas, que haviam sido declaradas extintas no estado do Rio de Janeiro há cerca de um século, foram recentemente registradas em vida livre no Parque Estadual Cunhambebe, o segundo maior parque estadual do estado. A descoberta, realizada pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea) por meio de armadilhas fotográficas, marca um importante passo na recuperação da biodiversidade local e destaca a eficácia das iniciativas de conservação ambiental.


População viável e papel ecológico das antas

Os registros revelaram grupos de antas, incluindo uma fêmea acompanhada de seu filhote, indicando que a população local da espécie pode ser viável e autossustentável. Essa é uma evolução significativa, considerando o histórico de ameaças à anta-brasileira (Tapirus terrestris), que é considerada vulnerável pela Lista Vermelha da IUCN. O maior mamífero terrestre da América do Sul, a anta desempenha um papel ecológico fundamental como dispersora de sementes, contribuindo diretamente para a regeneração de florestas e a manutenção da biodiversidade.


A importância do Parque Estadual Cunhambebe

O Parque Estadual Cunhambebe, com cerca de 40 mil hectares, é um dos pilares das políticas de conservação ambiental no estado. A área protege remanescentes significativos de Mata Atlântica e promove ações como reflorestamento, fiscalização ambiental e educação para as comunidades locais. Os resultados são promissores, como evidenciado pela redução de 68% no desmatamento da Mata Atlântica no Rio de Janeiro em 2023, conforme dados recentes.


Colaboração entre o setor público e privado

A descoberta das antas também foi possível graças à colaboração entre o Inea e a Vale, através da Meta Florestal da Vale, um programa que busca recuperar e proteger 500 mil hectares de florestas para além das fronteiras da empresa. O uso de armadilhas fotográficas e monitores ambientais tem sido essencial para identificar a presença de espécies e planejar estratégias de conservação mais eficazes. Esse tipo de parceria entre setor público e privado demonstra como alianças podem alavancar iniciativas baseadas na ciência para proteger a biodiversidade.


Desafios e a necessidade de ações contínuas

Apesar do avanço, a conservação das antas e de outras espécies ainda enfrenta desafios significativos. A degradação de habitats, a caça ilegal e as ameaças causadas pelas mudanças climáticas são barreiras que exigem ações contínuas e coordenadas. A inclusão das antas na Lista Vermelha reforça a necessidade de monitoramento constante e do fortalecimento das medidas de proteção.


Um compromisso com o futuro da biodiversidade

Essa descoberta não apenas simboliza a resiliência da fauna local, mas também destaca o potencial de recuperação da biodiversidade quando são implementadas políticas públicas bem planejadas. A história das antas no Rio de Janeiro é um exemplo de que a conservação não é apenas um compromisso com o presente, mas um investimento essencial para as futuras gerações.


Saiba como apoiar a conservação ambiental

Para saber mais sobre o trabalho do Parque Estadual Cunhambebe e as iniciativas em andamento, acesse o site oficial do Inea e conheça as formas de apoiar a conservação ambiental em sua região.

 
 
 

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